segunda-feira, 19 de outubro de 2009
melhoramentos
lembro-me das coisas logo ali. espertas. embicadas pronto ao uso. ao serviço de lida. ao consumo de cores. ao desatento jardim. logo, acontecia uma espécie de magia. um estado pueril sobre as coisas. ali, um verdadeiro monte de coisas boas. quartos abertos. quintais desprovidos de muros. uma casa repleta de sonoras aves que melhor preenchiam aquele lugar. havia todos ali. guardados. limados. abertos ao que acontecesse. houve desses lugares a melhor das minhas mais fortes verdades. há um cadinho. um troço que rebusca e que me assusta agora. um nó na garganta. uma vontade desvairada de sair quebrando as boas conveniências de grupo. há uma revolta. um soco no estomago mal digerido. uma falta de prazer pelas coisas imediatas. melhor é a paciência de um olhar atento. apurado. milimétrico. melhor são as coisas que a vida vai desenrolando sem muita pressa. pois se viver é urgente, urgência maior é saber que está vivo sem embuste. melhor serão os sins e os nãos daqui pra frente. a busca por um ar menos rarefeito. mais ao convite de uma boa companhia. menos agressão e mais alento. menos verborragia e mais atenção. melhor de tudo é isso de agora que aprendo e represo e torno a me livrar pra que outras maneiras me cheguem. se os dias caducos voltarem a gritar, melhor será, pois aqui está um homem quase inteiro. rendido a sua mais nova aventura: o ver por si mesmo.
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3 comentários:
"quebrando as boas conveniências do grupo"! Fundamental, também, pra espantar a pasmaceira!
é uma maneira de ver e realizar por si mesmo.
Tens razão, meu amigo.
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