recado aberto aos amigos

neste tempo de sul que se suspende, pelo menos por agora, devo um tanto dessa temporada a um bando de gente em diversos quartos de amor. vou pela lembrança:

à angela, que muito caminhou comigo por quase 5 anos pela rua xv, e que por ali construímos falas e compartilhamento de cais e abismos.

à glaucia, em quem dediquei ou dedicamos boas horas que se sustentaram até onde pudemos ir com amor e carinho.

ao ronaldo, que perdi o contato no tempo de curitiba, mas que tínhamos muitas musas musicais em comum.

ao andriguetto, quem me apresentou o bom prazer do olhar sobre a vida citadina dos pescadores do litoral paranaense.

à regina, que me abraçou quando eu me julgava infeliz.

ao zé augusto, companheiro de viagens de idas e vindas a guarapuava, que já me disse muito sobre como beber e traduzir da cerveja um tanto de boas amizades.

ao luís, pelas madrugadas de conversa, música e boas lembranças. uma amizade descoberta. pelo livro que será escrito. pelos beatles, bob dylan, chico buarque, vinícius de moraes, tom jobim. pelos filmes que ainda assistirei. ao teu irmão, antônio, pelas madrugas que ainda assistiremos e beberemos juntos num canto qualquer de cidade.

ao tiago, pelo que não esqueço do grande e forte acolhimento que me deu numa época braba. pela bela gargalhada que aprendi e gosto de escutar. pelos churrascos e comidas daquela casa cheia de boas lembranças e força. da mesa.

à cassandra, pelo mesmo acolhimento que tive. e pela pessoa engraçada que é mesmo sem querer.

ao feio, que era o cachorro mais bonito que havia. ele que salvou chicão de uma boa enrascada.

à tarsila, que fugiu antes da casa pegar fogo, e que gostava de ronronar na minha barriga.

ao fábio e à carol, dessa amizade que surgiu de um acaso, mas que se firma no convivio de uma mesa.

à letícia, dessa bailarina linda que é. das brigas e discussões que sempre terminam num bom abraço e risada.

à helô, pela bela tarde de piquenique que inventamos e que confessionamos um tanto de beleza.

ao tiago, que quando tá por aqui (brasil) faz presença e leva a letícia pra fora de casa.

ao diogo, de quem muitas músicas roubei e aprendi a cantar. e pelas visitas à casa da ladeira. pelas caminhanças com o gil pelo centro. pelo vinho e amizade de se beber na mesma garrafa.

ao gilberto, pelo silêncio e amores compartilhados e pela bela voz.

à mônica, pela simplicidade e docilidade pela filha. além de gostar de cachorros.

ao hermes, bicho do cerrado, que me fez pensar muito sobre o que é descobrir os interiores do brasil.

à chris e ao rafa, pelos papos e também vizinhança que tínhamos na boa ladeira da preguiça.

ao felipe, de quem é meu irmão e que somo a muitas coisas boas.

à camila, com quem fui feliz, onde também a felicidade pesou.

à calu, onde vejo que a distância aproximou-a mais dela mesma.

ao osvaldo, o cara das salteñas e dos papos intermináveis! uma das melhores lembranças que tenho de curitiba.

à pauline, que já foi tijucana e que agora é floripolitana ou quase... rs. pela linda dedicatória e bons velados papos.

à nete e cristina, pelo peso e leveza que soubemos levar juntos num tempo lá atrás.

à ethna, que me visitou e muita coisa boa ficou numa tarde de domingo.

ao everaldo, marinês, sirlândia e andré, com quem gostaria de ter convivido muito mais. viver às vezes é pouco!

ao bebeto, pela confiança que me deu a cada passagem de papel e tinta.

à rosa, que me deixou feliz quando foi me visitar lá no campeche, onde terminamos comendo um saboroso e honesto pastel de camarão.

ao everton, garçom do bigas, pelos cigarros e por saber traduzir meu jeito de andar diante do meu estado de espírito que me acompanha hora ou outra.

ao marcos, que foi vizinho e sempre sobrou amizade.

ao otávio, que nunca foi aluno, mas amigo de boas falas.

não me canso de visitar várias vezes as boas lembranças dos lugares e horas que partilhamos, e que vez ou outra partilharemos perto ou longe. saudade danada que já habita um monte de retrato que tirei de vocês quando vocês não percebiam. retratos bonitos, fortes, às vezes pesados... mas que dizem muito do que é um encontro. da representação viva de andar junto.

to levando vocês por aí...