quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

a última do ano

se assim te existe todas as manhãs,
existirá também todos os infernos.
todos os falsos provérbios.
as soluções inócuas.
o labirito de teseu.
se assim me existe todos os céus,
virão também as pragas do egito.
as molas das contradições modernas.
o salão de festas dos horrores.
se ainda assim poderá a felicidade existir,
que melhorem os idiotas.
que se escalpelem os imbecis.
que se afoguem os ignóbeis.
que assim renasçam as utopias.
os vermes em seus exercícios.
o bufão indolente.
para que mais tarde possamos, em festa,
gritar um brinde libertino
e nu.

Um comentário:

Luís Filipe disse...

Contra a moda do entreguismo covarde e da adesão a qualquer preço!