quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

ramira



num beiral de um rio meu amô sincontro. ouviu passarinho correu do nôvo amô. entre tranças e mimos ramira sintregô. se fez mulher pronta pro que de novo ti chegô. mas caminha ramira caminheira como ela só, caminha rios, pontes, caminha mais. ramira fez promessa de que se um dia parasse de andá podia o mundo si acabá. bebeu água, bebeu caçacha. ramira foi mulher de mais de um bebedô. ramira bebia tudo: homê, mulhé, cão, pedra, cal e arribação. mulher como ela não havia não.

2 comentários:

Unknown disse...

forte e graciosa escrita! ainda tem mais dela?

Gil Maulin disse...

espero que sim... rs