sou de contar essas particularidades que me acontecem e que por muitas vezes me comovem, desencadeando uma somatória de falas.
aqui está uma delas:
estava longe de casa e resolvi pegar um ônibus que me deixasse o mais próximo possível do centro da cidade. mas como ainda não sou um conhecedor do intinerário do transporte urbano de vitória acabei pegando um ônibus que me deixou numa terra estranha pra mim. fui percebendo de repente que o trajeto que seria comum e diário para os transportes que costumo pegar estava um tanto quanto diferente. e lá foi o micro-ônibus subindo, subindo, subindo uma morranca que não tinha fim. comecei a ver vitória de cima.
de repente o ônibus, quase vazio, pára. eu me adianto e pergunto ao motorista se aquele ônibus não iria para o centro da cidade, uma vez que a placa de informação dizia via-centro. o rapaz assustado com a pergunta, mas comprometido na sua função trabalhista me disse que aquele era o ponto final.
tudo bem. desci do veículo. esperaria o próximo enquanto olhava vitória de cima. o que para mim foi interessante.
mas antes disso, uma senhora me disse que o próximo ônibus sairia dentro de 50 minutos. mais uma vez tudo bem. tinha mesmo que esperar.
minutos depois aquela senhora me chama de sua janela dizendo que havia arrumado uma carona pra mim, pois estava preocupada comigo, dizendo que aquele local era perigoso.
e fui de carona com o seu adonias que iria pegar os filhos no colégio. pegou os filhos, que eram gêmeos, na escola. os dois me olharam e perguntaram: pai, quem é esse moço? eu mesmo respondi. contei minha história de como cheguei ao carro da família. o estranho ali era eu.
E não é que o homem me trouxe até quase a porta de casa?! fiz questão de pagar pela corrida, mas o homem olhou pra mim ofendido. disse: não tem disso não. e fui eu estranhamente humanizado (ou o que isso signifique) pra casa.
fiquei meio comovido com aquela figura (e claro, se estendia à mulher que não sei o nome, mas que era sua vizinha). o seu adonias e essa mulher entraram no rol dos meus adjetivos afetivos.
e depois ainda me dizem que aqui em vitória as pessoas não gostam de forasteiros! tudo bem, seu adonias é de itabuna, mas já está aqui há 17 anos!
3 comentários:
Vamos parar de uma vez com essa suposta xenofobia de Vitória! Tua estória é muito mais real.
Itabuna Gil, vc esqueceu de dizer de que estado itabuna pertence!!!!!
sim, fábio! na hora lembrei de você dizendo: bahia... hahahahahahahahaha
realmente, aqui tem muito baiano o que torna o ar do sudeste menos rarefeito, e às vezes superlativo... hahahahaha
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