não gosto de leite e pronto. mas também não abomino. simplesmente não tomo. gosto de queijos e derivados. e que ficam muito bem com um vinho. gosto muito também da vaca. mas o fato é que não gosto de leite. mas o papo que me aflige um pouco é a máxima de que não é possível fazer amigos tomando leite. desculpe, vinícius de moraes, mas é possível criar afinidades que não somente entornando álcool na mesa. sim, gosto muito de beber desse irmão mais velho. não mudei minha religião e minha completa feição a ela. mas desconfio muito dessas máximas que ignoram outras formas de encontro. o leite pode ser uma delas. o leite quentinho. requentado. com café. numa mesa grande. tornando companhia a boa companhia de um jornal. de uma tarde. pra dizer bom dia. pra dizer boa tarde. olhar as coisas no sereno delas. entardecer através delas. o café e o leite da tarde tem seu valor! aproximam gostos de pessoas. em falas mansas. num exercício de escuta e fala. de afeto. e porque não, de silêncio. ficamos mais íntimos através do silêncio do leite. sim, o leite também silencia. e quando verbaliza abre-se num sorriso algoz e cheio de pretensões. o leite abre caminhos. quente ou frio, o leite abre caminhos.
então, não reduzamos tanto o leite à qualidade secundária ou inexistente da agregação de pessoas. o leite mama das pessoas. exige delas a porção de uma outra afetividade que não só a do álcool.
é, o leite intimida! mas também convida...
Um comentário:
Veterinária como sou agradeço a lembrança do "fruto" da D. Vaca! E a ela tb... é meu ganha-pão! Brindo a ela com um alvo copo de leite!
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