domingo, 9 de maio de 2010
chovendo
não dá pra chover daqui. nem melhor. nem pior. só um papel laminado. finamente laminado. ele que me serve de embrulho pras ecatombes. pros entulhos. mas tem essa chuva insistente. começou agora. de repente. a rua tomada de pingos e poças. a calçada inexistente. os prédios em telhados. acobertados pelas lajes e cipós que se penduram formando graciosos fios. e o meu embrulho em papel laminado. finamente laminado. serve como cofre. esconderijo de bagunças. não que te escondas ou me escondo algo. mas também tenho meus silêncios. e deles agora me observo enquanto tem uma chuva. uma enorme chuva acontecendo agora. mas bem lá fora.
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Um comentário:
Isso!!! deixe que chova fora.. não chova aí dentro!!! não te chovas daí.
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