nesse novo tempo de vida que me dei, acabei deitando sobre macias vestes. musicais alçados dentro de metros e mais metros de novas versões. aqui não existem barões. mas pés que vão se calçando pouco a pouco. são mais próximas as mãos aos seios. mais fortes as mãos sobre as árvores. sobre a cama se amacia lentamente um espírito nu. os cães soltos pela casa mais de uma vez por semana. o olhar se renova. se amontanha sobre essas boas esperanças. ficaram mais novas as cartas antigas. mais presentes as fotografias cegas. são meus demônios ao paraíso. uma vida que se agiganta. que se perfuma pelo simples ato de mergulhar num respiro só. são metros e metros aqui pra dentro no largo do tamanho que existe aqui pra fora. tá um sol bonito. uma noite aberta que me merece nu pelas calçadas. sobrando braços. assobiando finas canções. música que me faz rir. plenamente rir o sorriso do anão. anedótica trama em que me expus forte e que agora forte sou.
(este trecho de escrita foi feito a partir do filme "a partida").
Um comentário:
Merecemos estar nus nas calçadas!
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