fico imaginando o que seria um papo entre dorival, gonzagão e seu braz. talvez não falassem muita coisa. talvez rissem, como sujeitos que tinham sempre o sorriso como forma de fala lúdica diante dos encontros que tiveram com a vida.
seu braz abriria o papo falando de futebol (do seu flamengo) e dos reclames da política nacional (como sempre fez). auto-didata que sempre foi, sempre soube levar e criar uma conversa. gostava da leitura dos jornais diários nas bancas de jornais. gostava (como já falei em outras oportunidades) de caminhar pela rua. de visitar os amigos. gostava de gente. de conhecer pessoas e ter com elas a tal prosa que pudesse haver entre qualquer um. gostava de tirar uma soneca e depois ir comprar o pão da tarde na Erbom (padaria vizinha do velho endereço da tijuca). e reclamar que o pão do tal estabelecimento tem mais bromato do que trigo! o que o fez, várias vezes, ir buscar pão em outras padarias mais distantes. mas confesso que isso era desculpa para caminhar mais. pois para ele não tinha coisa mais sem graça do que sair de casa para uma saída rápida. haveria sempre de demorar!
hoje tive a impressão de ter sonhado com ele. talvez pela lembrança do dia de amanhã, em que fará um ano que o tal senhor de pança avantajada, bigode branco, barba sempre muito bem feita e com perfume da loção bozzano, resolveu tirar o time de campo.
amanhã tirarei o dia para escutar gonzagão e dorival pra ver se crio uma conversa musical entre nós 4. quem sabe o riso e a prosa não embelezem ainda mais o domingo?!
2 comentários:
Cara, coincidência pura! Acabei de chegar em casa. E no caminho de volta, eu e Luana estávamos ouvindo o Gonzagão no carro!
Outra coisa, consegui o Ensaio do Dorival. Que conversa gostosa tem aquele baiano... Lembrei muito de ti!
linda coincidência, meu amigo! quero ver esse Ensaio!!!
Postar um comentário