esse fumo esfumacento na sala-de-estar. essa terra toda debaixo dos lençois. o que é tudo isso? toda essa formulação de frases sem sentido. essa inanição de sóis. pronde foram todas aquelas luas? onde estão todos? cavalos. mendigos. sarados. molambos. frangos e motins. quem sou eu no meio de tanta gente? multidão? invasão? quem desse povo sabe montar a cavalo? sabe andar de patins sem que as calças caiam? saberei eu um dia ler a bíblia e toma-la como um registro histórico. saberei que o mar egeu nunca foi banhado pelas sandalhas de jesus cristo. que a geografia é um pano de fundo às formulações históricas. um mero detalhe. e que estas palavras em nada se encontram com aquilo que realmente gostaria de falar. simplesmente não dá pra falar. é um engodo palavrório sem sentido. só punhetação. afetação de quem qualquer dia acordará um escritor. um poeta. um violão. uma mercedes. uma cantora lírica. um dylan ainda mais desafinado. acorderemos todos desses sonhos em que a psicanálise tenta aprisionar para nos libertar da condição do papai e da mamãe. seremos enfim ex-filhos. filhos da puta. e outro dia lembrei de quando era mais novo e que gostava de passar na frente do sesc da tijuca só porque tinha cheiro de jasmim. o que fizeram dessa memória? será ela recorrente ainda? é o fim linhagem. as coisas acabarão em mim. não levo adiante. é muito!
e eu que tinha inventando o calendoscópio...
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