domingo, 10 de outubro de 2010

do porto

moro perto do porto. do cais. dos guinchos. porções de aço e baía. o mar alagadiço. das gentes caminhantes  do asfalto e do concreto. das pedras portuguesas mal conservadas da rua sete. moro no centro da capital capixaba. do porto. do vento encanado que desanuvia qualquer ilha. e que me ilude sobre a praça do teatro carlos gomes quando nela os pedintes e ratos se amontoam variando cenários e gostos. moro no porto. me desenrolo entre suas vestes cotidianas. ganho maioridade.

Um comentário:

Luís Filipe disse...

Muito bom! Parecem as frases introdutórias de um belo livro.