terça-feira, 14 de dezembro de 2010

nesga vida 2

eu anoiteço transpirando vida. chega de palafitas. chega desse uso de coisas repetidas e que não me servem mais. descaroço o tempo. despisto aquilo que se faz entender. sou como raso, mas invento minhas funduras. sou como o traço de miró que transcreve cor na forma. suas raposas e caçadores. hoje anoiteço em febre que o dia me pede. envio cartas. envio emails. todos bumerângues mudos. tenho recados, mas me deixo ir.

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