quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
da amizade
uma vez me disseram que meu pai era uma pessoa queridíssima pelos amigos. uma vez vi minha mãe fazer amigos. invento que ela me dissera que ter amigo é a única coisa que levamos na vida. bem, acredito nestas duas pessoas como seres de dignidade. contraditórias. mas quem não tem das suas?! ontem mamãe disse que sou ingenuo. não chego a tanto. mas acredito que o amor, se pode ele mesmo existir, atravessa os instantes de encontro. mas vejo que cada vez mais existe o efeito rarefeito do esvaziamento de possibilidades de troca e convivio. do esmorecimento da palavra. da decadência das conversas que são um resumo mal feito da leitura do jornal de domingo. o fato é que mamãe e papai estão certos. amizade vale quando não existe conveniência.
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4 comentários:
"amizade vale quando não existe conveniência"!
Sinceramente não acredito que você pense assim. Verdadeiras amizades são difíceis de se ter, mas quando se tem, é prá vida toda.
Entre amigos não existe convêniencia! Amizade não pressupõe racionalidade ou mesmo interesses mesquinhos. É linguagem que vem do coração. Digo isso, porque sinto isso.
Um abraço fraterno de um sempre amigo seu.
abraço, adriano.
mas repito: amizade vale quando não existe conveniência.
ah! meu avô também sabia fazer amizades, e sabia conversar independentemente dos valores conservadores que o orientavam. como uma penca de amigos meus.
Como é bonita a conversa entre amigos! Além das inevitáveis diferenças, o que conta ali é a afinidade que se sintoniza. E viva, também, o dodecafonismo!
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