terça-feira, 23 de agosto de 2011
a partir dos 20 chegando aos 30
glaucia que chegou durante todos os meus vinte anos. as praias do litoral paranaense. os carnavais ainda longe de mim. os amigos do rio me visitando. o casamento dos amigos do rio. os cinemas. o fim dos cinemas de rua. o meu casamento. eu de chinelo. eu e as ruas da cidade de curitiba: minha melhor e maior companheira naqueles tempos. a escrita diária. as cartas trocadas. o bar aluada. cartola na madrugada. o primeiro flerte da madrugada. a primeira barba. o trem da morte. "o mundo é um moinho" que aquela mulher cantou para mim. as viradas de chopp. os cachorros-quentes das ruas inteiras de curitiba. as araucárias. os sabiás-laranjeira. o frio. a geada. a universidade federal do paraná. gustavo. angela. claudio. andriguetto. tarcisa. pedro. paulo. meu casamento. um dia quente em pleno janeiro. amigos e parentes presentes. a beleza da glaucia. o centro positivista. o shopping muller. a rua xv. o bar/restaurante jangil. as caipirinhas. o bamerindus. meus avós e tias em curitiba. muitos leminskis e a parede. a feira do poeta. os artistas de rua. selma. o nono andar da universidade. a rampa e as escadas. os chás e cafés na cantina. o elevador. as livrarias. os sêbos de livros e vinis. ainda se vendia vinis. o primeiro cd comprado. o show circuladô de caetano veloso e os seus 50 anos. os churrascos na casa de todo mundo. em curitiba aprendi a ser também a casa dos outros. a antipatia. o amor. o gozo. minha cama de solteiro. meu quarto, uma bagunça. as cartas respondidas. os amigos que visitavam. andreia foi me visitar. chamom, jean, marcello, goreth, simone. nunca mais vi muita gente daquela época. todas as cartas estão guardadas. as fotografias. os almoços na casa da norma. cacalo. juliana. diogo. flavio. beth. odilia. são gonçalo. seu chico. esse era uma capítulo a parte. aprendi a ver jardins com ele. as caminhadas com a angela pelo calçadão da rua xv. boas e velhas discussões. os anos 90 foram os anos mais estranhos que vivi. mas também ali me fiz muito do que hoje vejo da vida. confuso. ainda se telefonava nessa época. a internet ainda não havia se popularizado. o mercadorama. a cidade ecológica. os catadores de papel. aprendia a ver a cidade através de curitiba. monografia. leituras. pesquisas. litorais. até as cartas eram benvindas. curitiba era uma cidade que crescia. o centro cívico. os quero-quero. o ligeirinho. as canaletas exclusivas para ônibus. a visita do nilson e da nara. do tonho e da marialdina. da cristina. do luiz fernando. a máquina de escrever. as vindas da beth. as cervejas no largo da ordem. as saltenhas do osvaldo. a morte do seu chico. a rede. natais e anos novos. a tristeza da glaucia. a minha tristeza. a ideia da morte. o espanto. o fim dos cinemas de bairro. os shoppings. brasilia. o bairro do batel. o bairro bigorrilho. Rua Padre Anchieta. o desencontro. canadá. as ruas de montreal. denise vincent. a internet. os catadores de papel. os pescadores do litoral paranaense. a universidade federal de santa catarina. o mestrado. um emaranhado de gente. mari. everaldo. ethna. andré. sirlândia. novas falas. nova vida. as comidas feitas pela glaucia. um respiro. transpirei. leminski. a praia de moçambique. o rio vermelho. marcinho. cristina. nete. simone. os cacos de vidro. a falta de ar. foz do iguaçu. campinas. uma semana em brasília. os ambientalismos. o pró-floresta da tijuca. a floresta da tijuca. o distanciamento com vitória. o acolhimento a outras fases da vida. montreal. erica. emmanuele. editora da ufpr. iria. o teatro guaíra. o bosque do papa. o barigui. a volta a floripa. mestrado. a lauro linhares. as brigas. os desafetos. desentendimentos. rupturas. o cansaço. o desbunde.
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5 comentários:
Capítulo intenso!!!! Imagens, reflexões e sentimentos. E a abertura pra curiosidade sempre renovada de quem te conhece e te lê!
longa trajetória de uma vida abundante e intensa, mas que ainda verá e fará muito mais.
esses foram os noventa! é uma época que ainda não assimilei...
escrevo isso imaginando a trajetória de todo mundo... essas colagens que fazemos de nossas lembranças, e nos preparando pro que vem pela frente!
E esse Bar Aluada, ainda existe?
cara, durou pouco... mas era um bar muito bacana. antes dessa febre de pubs e jazz... do pessoal bacaninha. era um bar que tacava de tudo! tinha uma sofisticação, mas sem ser afetado! era despretenciso sem também tentar se-lo.
além de ter as garçonetes mais lindas que já vi! rs
foi dona nelia quem me apresentou ao lugar!
porres homéricos!!!
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