estive pelas ruas de um rio mais uma vez. ruas tijucanas. do grajaú. do andaraí. da lapa. do centro da cidade. cinelândia. aterro do flamengo. a pé e de ônibus vi muitos desses rios que me chegavam mais que tamanhos.gentis. violentos. rebentos. vi seus subterrâneos e gentes. seus lugares de bares e samba. vi a noite sobrando pela madrugada. vi seus velhos e prédios antigos. corri pela rua pra melhor ver a velocidade desse tempo de tantas cidades. vi seu tempo entre mágicos e ambulantes. vi seus amantes e embarcações furadas. andei pelas avenidas que me chegam correntes. metrô. amizades. falsos amores. vi teus horizontes pelas janelas dos bares. almocei gentes melindrosas. seus gostos de sal. suor. sua sanha pela rua. perverti andares de prédios conhecidos de infância. melhorei o humor dos molambos em lugares sem carne. sambei feito doido afeito de sangue e vida. beijei como amante desprevenido da manha feminina. sorvi o cal. ganhei novas caricaturas de um lugar e suas ladeiras. o improviso foi a redenção da crença de que o passado não está mais ali. vi pelo presente das forças cotidianas que o dia é mais que esse tempo cronometrado.
rio 2008
rio 2008
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