as calhas das palavras
desanuviam
e comem nuvens
famintas, elas se convergem ao espírito do papel
e do efêmero
e desafiam o sentimento
o reboque dos sentidos
os desavisos do "pare"
e prosseguem
e respiram
respingam
inflamam
sintetizam cor
musgo e tramas
as tralhas das palavras
vestem
inundam qualquer nudez
corporificam sentimentos
carnavalizam a tristeza
arfam dualidades
mergulhadas em mel e cachaça
embebem o passageiro de lugares
e sentenciam o mundo a uma vida bonita,
porém,
para poucos convidados.
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