quinta-feira, 4 de julho de 2013
vitória, pra que te quero?
vitória, no espírito santo, é a cidade do futuro no sem futuro, dependendo de suas irradiações intelectuais que se afinem ao tempo de uma estória sem protogonismos. está nela o antagonista. o antagonismo da visibilidade identitária. aqui, muitas e nenhuma identidade se faz presente. vitória vai além e perambula por ela. chafurda nessa aparente impossibilidade de se construir do que tem por aqui dos índios, mulatos, negros, brancos, portugueses, brasileiros, alemães e italianos. é a vanguarda sem mesmo dela sabe-la ou dar conta dela. é, sem saber. o primitivo aqui se esvai sem saudosismos. é feio. é diabolicamente rasteira e densa ao mesmo tempo. dessa inquietude que não está na elite econômica e cultural, como em são paulo ou rio janeiro. quem se faz por aqui é o sujeito da rua. de rua em rua, vitória se faz. vitória é um país sem futuro. morre em si mesma. a cidade que é a mímica de outras urbes. passagem. vírgula. a cidade de vitória mergulha em seu provincianismo e é muitas outras. sudeste. nordeste. mirabolantemente arquitetônica do anti-colonial, mas de uma reza que vulgariza tanto o catolicismo como o protestantismo. ave deus, rogai por nós todos os nossos humanismos decadentes. vitória é a nossa decadência primordial. avulta nossa ganância por não querer sê-la, mas ao mesmo tempo rasga o manual de qualquer antropólogo não-local que queira entende-la pelas ruínas de sua república decadente. os tapuias que nos salvem dessa velha ignorância de dizer que aqui não há futuro!
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5 comentários:
Vitória dos entres...
São as Vitórias!
São as Vitórias!
Vitória (Vítor) é o anti-herói? ou é antídoto? ... gosto.
digamos que dá pra ver quase tudo isso...
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