estás na tua missa. abre teu ventre. abre tua reza. confecciona a confissão tardia. abre logo. abre tudo. pernas. finca tua verdade entre as vestes negras. machuca tua carne e recolhe tua sina. mas não te venhas adulante. assombrada. assumas o que tens nas mãos. não te escondas num cercado de hipocrisias místicas. te lamba. te cheire. te assuste. mas grite. encerre de vez essa luz negra que te aprisiona. sucumba à tua palavra. à tua saliva. solte tuas presas das asas daquele pássaro. e te sumas daqui. sumas, bicho arredio. bicho sem fé. e não me venha mais com teus engasgos e cólicas. menstrue. colecione ventos. abra tua camisa pra que a chuva lamba teus mamilos. provenha novos caminhos. pois o ensaio desta missa acabou aqui.
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