| Rua Uruguai com Conde Bonfim |
chega aqui mais um dia por estas ventarolas, revelando músculos e vestidos, sedas e meios, e quase tudo que sempre pede mais loucura e alegria de ser a vontade também dela, da doida mania de vida que se instala em cartas e fotografias e rimas sinceras da juvenil e infinita camaradagem do que um dia existiu.
daqueles tolos meninos que sempre foram tão poucos nas ruas malandris da rua uruguai com a conde bonfim, sendo a partida de futebol o que mais representou o domingo: as sendas. fim das boladas. das perebas. dos perebas. da música maiúscula e infantil. daqueles meninos e meninas sem jeitos. coisados por uma noite repleta de tolerância, raiva e alguns sonhos no mundo caduco. do chapaleiro e suas loucuras que nunca foram, afinal, pronunciadas. das sacanagens nas escadas e esconderijos dos meninos e meninas enjaulados num bairro sem redenção. quente e fervente em suas intenções e rompimento com o todo.
mas qual deles está aqui, agora, fazendo companhia? qual daquelas estranhas figuras se instala dentro da casa do velho manoel lá do buraco da maconha com seus pés e frutas de jamelão? por isso o nome também do cão. falta compreensão daqueles que não te sabem. pobre cachorro encoleirado por um daqueles meninos que se fingia de morto para não ser pego no pique de polícia e ladrão.
floripa, 2008
2 comentários:
Atravessamos juntos este cruzamento! E que cruzamento!
dia memorável!
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