porque sapeca. respondona. endiabrada. orgulhosa. uma dona diaba. nunca foste de esconder a língua. mostravas as pernas para além de uma praia. nem o túmulo que habitas agora é capaz de fazer esquecer das tuas maneirices. respondias sempre com um sim às negações alheias. brigavas entre tuas birras sentimentais de mulher-mãe-avó. às vezes, para mim, era a tia que fazia as bermudas. por outras, a menina que saía brigada e brigando com todos lá na tijuca. logo se via que era arredia. mas que não se melindrava. era sim uma meninada dentro desse corpo pequeno, de riso fácil e nunca dócil. eram quinhentas dentro de você. mas o difícil foi depois de tudo isso te ver dentro de uma casca. afinal, nunca teves jeito para borboleta, muito menos para lagarta. mas olhe, ri de você quando vi só o teu nariz no meio daquelas flores que te cobriam. mas também um riso doído. e com certeza você riria de você mesma sem pena alguma.
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