a rua sete sendo (des) feita. |
meu pai diria: menino, o orgasmo é para ser guardado.
meu amigo diria: vai
outro amigo falaria: vamos embora, pois não tem jeito de mudar
tia odila diria: menino!
não sei donde escrevo o que é agora. a vontade é de soltar a voz e mandar todos praquele lugar.
vi o amigo chorando numa sessão de cinema e amei-o mais ainda.
meu rabo é azul.
o rock morreu em 59 (seixas).
meu topete é trompete.
o jazz é um saco.
pior são os jazzistas.
caymmi era um baiano caduco pelo mar.
meu amigo diria: rock é um busto de mulher e o funk o cu delas. mas jazz... é alma feminina.
o isqueiro é lobo do homem.
curtir virou o enchave do bom mocismo entre amigos aleatórios do facebook.
mas não curtir virou a censura da boa geração.
quero um beijo na boca a cada hora que sento pra escrever.
morrer é o diabo de não poder mais beijar.
a saída é o caminho.
disse um primo ao ouvido: cagar é umas das minhas alegrias.
diria salomão: melhor a mulher que tem seios fartos do que um mamilo caduco.
janeiro serve para especular o resto do ano.
meu cristianismo morreu num bueiro.
vulcabras era um sapato com dignidade.
a morte cabe onde menos se espera.
a cidade esporra desejos habitáveis.
diogo é o descalabro da escrita.
qualquer propaganda inibe a criatividade humana.
santos são gentes que viraram estátuas mudas.
pedro é o nome do filho.
salcicha é o miudo que como com hotdog.
a academia é o vislumbre da indecência.
o condomínio foi pago.
vou à feira pra encontrar a freira comprando queijo e vinhos tais.
o assobio é a música esquecida.
o segredo é aquilo que todos sabem, menos você que sussurou no ouvido de qualquer um.
cristo morreu por todos nós, mas por quem morremos?
enter é um tecla que resume a vida.
meu avô e vó sempre iam à igreja guardar suas manhas e artimanhas.
beber água faz bem.
viver é uma grande invenção.
(La Paz, 1971).
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