terça-feira, 1 de abril de 2014

conversa com o ronaldo


- por que aquelas flores no cabelo?
- tempo doido aquele. você acha que deveria ter colocado o quê? eu sou explosão!
- não sei, mas achei exagerado!
- isso, exagerado! esse é o sentido que queria expressar. eu estava apaixonado. doido e apaixonado! quem não faria isso? aquele dia pedia isso! naquele tempo era necessário tal investida! aliás, não se vive mais do que uma vez! as flores foram para quem as viu! serviu? se não serviu, paciência!
- você sempre foi assim?
- não tem essa de sempre ou nunca fui assim. sou assim! entende? tempo presente do indicativo. sem perdão! sem tempo pra muita explicação. o tempo é curto, garoto!
- quase uma bomba pronta a explodir, só não se sabe na mão de quem!
- nisso tem razão. sempre o inesperado. sempre apostei nesse sentimento. mas por favor, nunca espere demais de mim!
- como assim?! estou tranquilo em relação a você. só te questiono para te entender dentro desta casa.
- sei… sei… mas é que as tais expectativas em relação às pessoas como eu acabam sendo explosivas e auto-destrutivas. lembra da Elis? ela era assim. eu sou a Elis Regina!
- expectativas… taí, nisso eu concordo contigo.
- essa coisa muito "forçação de barra" que colocam para ser de um jeito ou de outro. por isso, talvez as flores na cabeça. o que tenho a oferecer a mim, a você e a quem quer que seja são as minhas flores que carrego na cabeça.

Um comentário:

denise stucchi disse...

"... só não se sabe na mão de quem".